terça-feira, 18 de maio de 2010

Por: Liliene Maturana/Lili 06/05/2010

Por: Liliene Maturana/Lili 06/05/2010

O que mais me marcou sobre a nossa discussão do “capítulo 2” foi o imenso poder do ”abstrato”; daquela capacidade de “abstração” que ainda é tão pouco compreendida. E , nesse sentido é que percebemos que a língua de sinais é a mais profunda expressão dos pensamentos, das aspirações e das visões de mundo. Quando me dei conta, segundo as palavras do autor, de que a língua de sinais é a “voz do usuário”, ou seja, a materialização da sua identidade, da sua cultura, das suas religiões, das sua existências (...) eu comecei a pensar sobre o processo de aprendizagem das minhas crianças, quer dizer, comecei a pensar sobre aquilo que a escola como “instituição oficial do saber” afirma ser óbvio: se você ensina então a criança aprende e acabou. Daí percebemos que não é bem assim, porque a complexidade dos processos mentais da criança são extremamente pouco conhecidos. Sobre esse assunto, Piaget vem nos falar que a concepção de “meio” fica limitado ao “meio físico” não incluindo, dessa maneira, as diferentes culturas, as histórias de vida. Para ele, o conhecimento possui raízes biológicas, raízes estas que não levam em consideração as relações sócio culturais construídas através do tempo e do espaço . Na verdade Piaget investigou os processos mentais dos seres humanos na perspectiva de explicar como se dá o processo da apreensão da realidade. Já Vygotsky vai nos dizer que o sujeito através da interação com o outro avança do aspecto biológico para o social histórico. Assim sendo, seriam as nossas relações subjetivas com os nossos contextos sociais que produziriam as nossas imagens internas. Ou seja, é dentro de cada um de nós que se produz a realidade externa; aquilo que eu interpreto como verdade. E a partir daí que eu me transformo. Logo, o ser humano ativo de Piaget ganha em Vygotsky uma dimensão interativa. Passamos a compreender que a criança passa não apenas a construir o seu conhecimento de dentro para fora , mas constrói o seu pensamento a partir das relações sociais que estabelece com o outro..

Por: Liliene Maturana / Lili 15/04/2010

Por: Liliene Maturana / Lili 15/04/2010

Olá pessoas...
Nessa primeira discussão, a leitura do livro “Vendo Vozes e Ouvindo Imagens do autor Oliver Sacks, me fez refletir sobre a minha “notável ignorância” não somente diante do universo dos surdos como também de muitas situações em minha prática educativa. O texto me fez perceber que somos seres sociais e históricos datados num tempo e num espaço marcados pela cultura. Dessa forma, não seria apenas o biológico que estaria em questão, uma vez que é na relação com o outro que nos afirmamos como sujeitos de nossa própria história. Nesse aspecto, ao ler um pequeno texto do Frei Betto publicado no jornal “Estado de São Paulo/2005”, senti-me motivada a fazer a seguinte provocação: e se substituíssemos a frase “ ensina a teu filho” por “ construa com as tuas crianças”?, numa tentativa de perceber nessas imagens, elementos que possam contribuir/dialogar com a minha prática. Nessa perspectiva, também pensei ser interessante fotografar as minhas crianças da pré - escola ( 5 anos) das redes municipais de Duque de Caxias e São João de Meriti, para que de alguma forma eu também pudesse ouvir as suas imagens. Foi nesse momento que surgiu a idéia de fazermos a “ rodinha da memória”. Diferente das demais rodinhas semanais, esta possui o objetivo de ouvir as suas narrativas e investigar através das suas histórias de vida as diferentes possibilidades e sentidos que essa dinâmica apresenta.
Até!

Fragmento do texto de Frei Betto:

“ Ensina a teu filho que o Brasil tem jeito e que ele deve crescer feliz por ser brasileiro (...) Ensina a teu filho que não ter talento esportivo, rosto e corpo de modelo, e sentir-se feio diante dos padrões vigentes de beleza, não são motivos para ele perder a sua auto estima(...) Ensina a teu filho que ele não precisa concordar com a desordem estabelecida e que será feliz se se unir aqueles que lutam por transformações sociais que tornem este país livre e justo. Então, ele transmitirá a teu neto o legado de tua sabedoria. ( Frei Betto- Jornal: Estado de São Paulo - 2005).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ESTA IMAGEM SURGIU DANDO FORMA A UMA DE TANTAS REFLEXÕES QUE PROPÕE SACKS A SEUS LEITORES, QUE COMO EU, NÃO CONSEGUEM VIRAR UMA PÁGINA SEM AO MENOS, CINCO INDAGAÇÕES SOBRE TODA NOSSA VIDA ENQUANTO PESSOA HUMANA, EDUCADOR, PROFESSOR.
MOSTRANDO PARTE DAS LUTAS DOS SURDOS POR HUMANIDADE, ESTA IMAGEM FOI OUVIDA COMO O CLAMOR DE UMA COMUNIDADE QUE TENTA SOBREVIVER. UM GRUPO CHAMADO AFRORAGGAE EMERGE DO CAOS COMO UMA FORÇA QUE VEM RESGATANDO A AUTO ESTIMA DE SEUS MORADORES QUE, RECONHECENDO SUAS ORIGENS E RAÍZES, PASSAM POR UM PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DE SUAS BASES, SE REAPROPRIANDO DE SEU PASSADO NA BUSCA INCESSANTE POR DIGNIDADE.

terça-feira, 4 de maio de 2010